SOLÚVEL EM SORRISOS

Eu não te amo.

Pelo menos não ao ponto

de dormir ao relento, na tua calçada,

arrebentado de vinho e de dor.

Não.

Não me passa a idéia de arrancar

do teu peito esse amor ancestral

que conduz teus olhos para uma leve tristeza,

que por ser tua, se torna linda.

Apenas sonho com momentos em

que possamos romper juntos

as teias envelhecidas

de sentimentos fragilizados.

Que venha o salto, o vôo, o mergulho.

Inventemos nós um novo sabor de beijo.

Oficializemos a teoria da irresponsabilidade cálida,

nos permitindo, nos deixando, nos querendo bem.

Seremos um problema solúvel em sorrisos

a ser bebido em horas clandestinas.

Leilton Lima
Enviado por Leilton Lima em 21/07/2009
Código do texto: T1712344
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