Vetustas vicem legis obtinet
Dá-me tua infância
Tua ingenuidade
Coragem!
Vou te machucar
Como vilão de teus quadrinhos
Até que percebas o inequívoco
Da vida real fora das páginas
Será tarde!
E antes que saiba
Vou me saciar!
Contar os danos
Os pequeninos
Os anos
E chegar aqui nessa cadeira
Letal, pavorosa...
Onde estarei no seu lugar
Na minha vez de chorar
Mas não vou aprender
E quando, em outras vidas
Novamente a morte me assombrar
Serei eu, imortal
Sacrificado
Cremado
Vivo!
Porque meu mal é gangrena
E, jamais, em uma vida apenas
Consigam me curar...
Então me matem!
Que os velhos costumes transformem-se em lei...