Amputaram meu braço

Amputaram meu braço



Amputaram meu braço
Logo o braço direito
E arrancaram do peito
O amor e o respeito

Deixaram o esquerdo
Que pouco sei usar

Não dependo de ti
Mas tens meu respeito

E o que faço de mim?!...
E o que faço da vida?!...

Seguirei por aí
Mesmo sem sentido
E sentido aqui tem o sentido
Exato de caminho,
Em busca de carinho
Em busca de um abrigo
Não sei; mas , talvez,
Até muito em breve, consiga
Uns novos braços
Que me faça esquecer
dos teus abraços
já tão lassos
já tão sem afeto.

Num outro teto,
Quem dera, outra
Alcova, aquecerá meu frio
Aquecerá meu corpo.