No tempo, no vento, nas estrelas.
Eu ando por ai... eu ando ao léu
Eu viro o mundo...de ponta cabeça
E antes que alguém se esqueça
Eu mesmo me rotulo:
Eu sou um vagabundo! Um andarilho nato!
Eu sou um chato! Eu sou um louco!
Que nestas caminhadas
Acumulou um montão
De paisagens; pores-do-sol
E alvoreceres, vi a chuva cair
E a flor surgir - é obvio que esperei
por isto – mas, pra que pressa
um andarilho como eu
segue bem devagarinho
parando em cada bar
em cada esquina
olhando o esvoaçar da crina
do cavalo que campeia
livre na fazenda sem porteiras
sem cancelas, lá no tempo.
Sim eu ia me esquecendo
Eu tenho um cavalo
O “Napoleão” ele é branco
Com o dorso cor de creme
Com ele é que mais falo
E ele parece entender
Tudo que digo. E assim sigo.
No tempo, no vento, nas estrelas.
Ele só tem defeito: escoiceia,
Morde e outras coisas mais
Próprias dos equinos.