Circo
Abrem-se as cortinas:
Por debaixo desta lona,
Atributos gentis.
A corda bamba de trapezistas sorridentes,
Um leão dócil,
A zombaria de um palhaço triste,
Um brilho que surge indiferente ao saltitar da doce bailarina.
[...]
Fecham-se as cortinas:
Vestidos de ilusão ao cair da luz.
Aplausos no vácuo da solidão,
Eis o circo, o calor, a indecisão.
Brilhos falsos no espelho das mãos
O Sol de um luar, por que não?
Era a mesma paixão,
O circo, o amor, a imensidão.