Aquela que flutua em mares irreais imersa em pensamentos inofensivos. A que vive em pesadelos fragmentados de uma infelicidade feliz. A que ama a utopia mesmo sabendo que esta é uma falsa alegria, um cristal sensível que pode quebrar a qualquer momento e tornar-se dor. A que acredita que a morte é bem menos dolorosa do que se pensa, mas que uma vida infeliz doe bem mais que uma morte lenta, pois esta é a própria morte. A que vive por trás de um céu escuro escondido por trás de janelas e cortinas coloridas. A que chega a ser o próprio torpor quando se vê sem saídas. A que se expõe frente si mesma de forma vergonhosa, despindo-se das ilusões e sendo realista demais sem seus antigos contos de fadas, pois pra ela não existem príncipes encantados, desde que a perfeição é desumana. Mas apesar de todos os pesares, ela acredita no amor, na Paz, na justiça, e em muitas utopias. Ela é feliz, mesmo com seu sorriso descontente, mesmo com suas falsas faces de alegria, mesmo com as ilusões perdidas e o fenecer prematuro dos seus ídolos, dos seus amores, das suas afeições. Tem uma felicidade inconstante, mas se entrega totalmente a esses segundos felizes.
Honestamente acredito num mundo melhor, em pessoas melhores, em amores possíveis e verdadeiros... Sou uma menina-mulher coberta de muitos sentimentos, momentos e sim eu vivo e não apenas existo sob esse pairar constante.
