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Versos cadavér_(s )_icos

Matei meu poema e de seu corpo fiz mortalha
Retalhei o verso à navalha, de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo

Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria!
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado,
Lágrimas de crocodilos que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa.

Não pensem que esta morte é fugaz!
Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés.
Como resistir ao apelo da morte que me sorri?

Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam
Sobrando apenas o velho epitáfio:_R. P. I.*!




R. I. P. = REST IN PEACE (descanse em paz)
 ou RESTOU ÍNTIMO PADECER