E ASSIM NASCEU UM POEMA

Sopra uma leve brisa, em seu entardecer.

E cortinas dançam, denunciando janelas,

com insectos, tontos de vidro, buscando,

uma só saída, por entre mil panos coloridos.

Acendendo os lustres e correndo tecidos,

de pronto, toda a sala, ganha uma nova vida.

Insistindo algumas das sombras, desenham

estranhas figuras geométricas, nas paredes.

Copo na mão (de cor translúcida), por entre os

imensos corredores, à meia-luz, vou observando,

alguns quadros, enquanto caminho, para deleite

de meus olhos, tentando conter, tanta beleza junta.

Voltando à sala, vejo que, todas as flores, lá de

casa, estão fechadas em botão, esperando a manhã.

E vem-me uma leve sensação, de que, por empatia,

lhes escuto, todo o mínimo, dos mínimos, dos ruídos.

Desligando os lustres, acendo várias velas, de cheiro

e reina uma paz contagiosa, que assim, culmina,

pela inspiração e pela imaginação, que, em versos,

vos deixo, este meu simples poema, nascido para ser.

Jorge Humberto

18/05/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/05/2009
Código do texto: T1602899
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