PRATICIDADE AFETIVA

Ninguém morre de amor como se diz

no poema infeliz do mau poeta,

como sai da caneta exagerada

de quem nada encontrou que se aproveite...

Nem se vive de amor como decanta

qualquer anta que saiba usar o verbo,

feito esta que agora verbaliza

para ver se recicla o próprio entulho...

Faço versos com tal praticidade

desde quando a verdade me acordou

das mentiras do amor que nos juramos...

O poema real não tem poesia,

sentimento esvazia em nossos tanques;

haverá sempre um novo amor eterno...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 28/04/2009
Código do texto: T1564472
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