Famigerado
"E sobre o poeta que não morre,
o João encantado,
o Guimarães, que de Rosa só a miopeza,
pois toda rosa é míope,
não enxerga o coração de sua amada.
O Sertão, caro Jão, está em toda gente,
nós lábios de Sophia, nas mãos de Augusto,
nos olhos da criançada, nos versos do repente.
De suas andanças, ao lado do burro azarento e mudo,
restam as poeiras do mundo,
as poeiras do Sertão do fim-do-mundo.
Mas não é o mundo todo Sertão, João?
Não é o Sertão de todo mundo?"