Andante

Oh! Probidade que nos trás sensação tenra idade falsidade
Ida fingida fugida dos tempos assistidos nem percebidos
O sempre recebido talvez no parcial papel que se fez réu.

Só no superficial momento lembrança imparcial supérfluo
A não exercer o que deveria ter de dignidade e justa igualdade
A cada elevado ser memória resgate a agraciar a mente irreverente.

Pela incerteza do depois... Bem depois do hoje instante ponto futuro
Que jamais revela filmes e reveja a ascendência desumana sobrepujando
O humano ser que não perceber decadência sem perder decência essência
Vir a emudecer padecer e sim tentar crescer e remexer memória.

Que faça história refaça valores que permeiam as dores que nos aflige
E nos deixa submissos ao obscuro e susceptível ao indesejável escuro
Que não é de Deus e sim de um breve adeus de um novo desabrochar
No eterno singular do ser transcendente e sempre permanente em algum viver.



Julio Sergio
Recife-PE.
(30.04.06)