Rua Rio de Janeiro à Tarde
"Pela rua que tem o tom
verde eu ando,
verde eu quero,
verde eu amo.
Eu ando e olho,
sinto o cheiro,
e atiro à esmo
mesmo
quando as luminárias
espantem o clarão da noite
e transformam o escuro
em morte
no cemitério perto de minha casa.
Em meus olhos faço verde,
blue azul cor de piscina,
e vermelho vivo,
sangue vertido do coração de quem ama.
Bebo, choro,
canto e brinco;
mundo, desnudo,
acabo mudo;
o fim da rua não é o fim
do mundo
se ainda vejo de um tudo
e nada me comove mais
que seu olhar.
Afinal,
estou cansado de brincar
de sol e chuva com você."
Que essa seja minha singela homenagem à cidade de Londrina, que me acolheu há tão pouco tempo e que eu gosto tanto de viver!