Amanhã venho te velar

Deixa eu saber

Um pouco mais de tua vida,

Amigo.

Por que tu somes assim?

Nunca mais falamos bobagens,

Nós tornamos nossos papos

Sérios demais.

Diria até que temos

Apenas falas burocráticas.

Muitas vezes te percebi,

Ao vim a tua casa,

Meio receoso,

Que é isso amigo?

Onde os pactos de eterno companheirismo?

Os ocultos acordos do coração?

Não venho te pedir nada,

Descanse...

Sabe, não quero crer,

Mas no teu olhar tem alguma morte.

Tchau amigo,

Amanhã venho te velar.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 30/04/2006
Reeditado em 17/02/2024
Código do texto: T147685
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