Verso sem Anexo
Hoje, entre meias verdades e a fiel insanidade,
Nesse solo fecundo da minha simplicidade,
Entero a essência que me foi doada ao nascer
Para de uma vez voltar a ser e para reafirmar
Essa invisível presença que hoje me faz face
Não é nehuma ilusão ainda menos um impasse,
Mas somente essa estranha e subíta realização
Que toda essa confusão jamais passo dum sonho,
Um sonho que venceu a barreira do meu coração
E a fronteira da emoção sem poder chegar a viver
Hoje, pela ultima vez, cruzo o olhar dessa fantasia
Que soube me saciar com sua melancolia e alquimia
E me despeço de vc com infinita e simples maestria,
Não quero, não devo, não desejo mais essa poesia
Sem seu verso, nem o verso sem seu devido anexo.
Salomé