Sem rumo
Esse destino que me persegue e me segue
Nos confins do seu incompreensível poder,
Me encantando mas tambem me apagando
No infinito jogo desse vencer ou ser vencido
A vida que me favorece mas me desconhece
Nessas eternas trilhas do seu infinito viver,
Me alegrando mas tantas vezes me falhando
Nessa minha vã procura por seu vero saber
A poesia que me desafina mas sempre me atina
Entre os caminhos da incompreensível saudade,
Me algemando e por vezes me acorentando
Nos intermináveis caminhos da sua sensibilidade
O tudo ou o nada mas jamais uma meia verdade
Na calada do silêncio que me atinge aqui em cheio
E na infinita presença dessa obscura penumbra
Que fecunda a minha alma com sua mera ausência!
Salomé