A PAINEIRA
Uma lágrima de alegria
Brotou dos olhos meus
Ao fitar rósea paineira
Na manhã primaveril,
Onde um sabiá majestoso
- no primor do seu fascínio -,
Ancorava em grande estilo
Principiando o seu hino!
A natureza emanava
Um quê de doce frescor!
Ao passar a doce brisa
Descortinando o fetiche
Das flores róseas nas sépalas,
Num cenário multicor!
Esqueci, por um momento,
Da realidade terrena...
Prendi-me cheio de amores
Àquela frondosa paineira:
Imagem régia da vida
Pepita de poesia!