Banalizar a realidade
O sujeito falou com toda propriedade
Que eu, logo eu
Veja bem
Preste atenção!
Banalizo a realidade
Sou poeta é verdade!
Enxergo as coisas
Com uma estranha propriedade
Mas amigo veja bem
Qual seu conceito
De banalizar a realidade
Bem sei que limitações as tenho
Afinal isto é próprio
Da nossa impropriedade
Em dismistificar
Nossa incapacidade
Acabei de comprovar
Agora neste exato momento
Logo acima incapaz fui
De em minha santa ignorância
Encontrar o ponto de interrogação
Mas não me venha com quimeras
Uma coisa que não sou
E bem o sei
É ser insensível
Ao ponto de tornar previsível
A realidade!
Já passei fome
Já passei noites sem dormir
Já consumi minha alma
Em madrugadas pesadas
Em sentimentos entorpecidos
Alegrias artificiais
Já presênciei atrocidades
Bestialidades!
Então acadêmico
Veja bem
Sua ciêntificidade
Para mim é impunidade
Faça um favor caro Doutor
Vá você
Viver a realidade
Passar fome
Passar um madrugada instigado
Adrenado
Renascer das cinzas
Como a fênix!
Aí então pode vir com sua
Ciêntificidade acadêmica
Conjecturar
Garanto que até altas horas
Iríamos filosofar
Sobre
O que quiseste insinuar
Com a máxima
Banalizar a realidade!!!!