Raça o termo

Introduzido na literatura

Meados do século XIX

Georges Cuvier, essa idéia inaugurou

Velha idéia que hoje infelizmente ainda vinga

Na moringa de muita gente

Com certeza forte investida

Reação contra o iluminismo

Que dava noção unitária da humanidade

A tal idéia da questão raça

Ia na contramão

Dos presupostos igualitários

Das Revoluções burguesas

De um lado Rosseau defendia

Humanidade una

Buffon e De Pauw

Justificavam diferenças entre os homens

Naturalizando-as

Então quando mais tarde

Côlonias provinham nações

Era urgente, que a escravidão

Justificada fosse

Mas que providêncial

Foram buscar nas tais teorias raciais

O alicerce, a base, para

Decretar, justo ser escravizar

Afinal, eram selvagens

Podia-se ver as diferenças

Entre elas a cor da pele

Foram até a Grécia antiga

Esqueceram de notar

Que lá, brancos também eram escravizados

A, passou batida esta percepção

O importante era mesmo

Dar aval, á escravidão

Povos diferentes, primitivos

Bestas, sem cultura, sem noção

O olhar do outro, estranheza

O que europeu não era

Estava fora, do conceito civilizador

Necessitava aprender

Nem que fosse na marra

A começar pela viagem

Passando de mão em mão

Traficantes!

Até finalmente chegar

Ao derradeiro final

Cultivo de cana

Pelourinho

Olha o Capitão do mato

Mas não se iluda

Resistência houve sim

Estratégias,

Afinal, fatal, seria

Morrer sem tentar

Desmistificar, a idéa

De que negro, preto

Não tinha alma

Não era humano

Não humano como branco

Oh! quanta bestialidade

Em nome de le grand civiliziacion!

Portanto, passou da hora

Da ignorância dar lugar

Ao avivamento do pensar

Raça inexiste em se tratando de categorias

Raça humana sim

Todos nós pertencemos á ela

Mas nem todos conhecem o real sentido

Da palavra humanidade!