A Noite de São Bartolomeu

Insurreição nacional

Massacre no século XVI

Quase toda nação

Parte nela tomou

Os inimigos huguenotes

Perseguidos, aniquilados

Terá sido Carlos IX, um prodígio

Terá sido dissimulado

França dividida

Três grandes partidos

Protestantes

Do rei

Os guises

Temia o rei, guises e protestantes

Conta a história

Que por ordem real

Devia ser colocado um ponto final

Na vida do Almirante

Sugerindo ao duque de Guise

Para depois persegui-lo como assassino

Ardiloso plano

O povo de Paris nesta época

Terrivelmente fanático

O Duque de Guise, banido da côrte

Procura apoio

Acontecimento histórico virou

A noite de terror

Protestantes pelas ruas

Sendo exterminados

Como ratos, parasitas

Deixe ver quantas vidas

Mais de sessenta mil vítimas

Após dois dias de matanças

Assassínios, violências

Quis então o rei deter a carnificina

Mas que tolo este rei

Esqueceu-se que a fúria de um povo

Não se pode controlar

Pouco sangue é bobagem

Teve então que revogar as ordens de clemência

Estendendo o assassinato por toda França!

Pairava o céu da escura noite mortal!

Cadáveres pelas ruas francesas

Oh! será que sobreviveria ali um poeta

Será que suportaria escrever o que via

Ou acabaria tombado, derrotado

Pelo horror dos horrores

Seus olhos terem avistado

Como seria ao poeta

Vagar pelas almedas escuras

Vislumbrando apenas morte

Não mais vida

Descrente permaneceria

Fugiria para o campo

E quem sabe com o tempo

Cicatrizadas as chagas

Eternizaria em poesia

A grande euforia

A alma daquela noite fria, de São Bartolomeu!