Que mal fará?
(Dedicado a Lú – a preciosa rosa do pequeno príncipe)
se eu te perder sem te achar
que mal fará?
Contanto que eu te busque
e te procure de uma forma obstinada,
que me consuma o tempo e o sonho,
que mal fará?
E se ao te achar eu me perder,
que mal fará?
Contanto que nesta perdição
eu possa por meu sonho à prova,
e que tenha a noção exata do tempo que gastei,
que mal fará?
Quem disse afinal que há certezas no caminho,
que há respostas às perguntas
e que, como num conto de fadas,
seremos sempre felizes para sempre?
O hoje, somente, é o que me importa agora,
e no meu agora eu te busco,
sem medo do que possa vir
e provo de um sonho
que nunca será perdido no tempo,
por menos que ele dure, contanto que dele perdure
a certeza de ter sido obstinado o meu querer,
o te querer como de fato um dia eu te quis.
E então novamente eu pergunto, sem esperar que resposta haja,
que mal fará?