NA GARUPA DO CAVALO BRANCO


(spóvoa-
modinha para as Damas)



Passastes por lá com vossos pezinhos de nuvens
nem vistes que era o lugar d'onde fadinhas e
duendes brincam nas tardes mornas
sem medo das areias e das folhas mortas.

Como vós, são leves, diáfanos
com suas asas de libélulas
brilhantes como o brilhante
do vosso olhar.

"Cachoeira das lágrimas!
murmuram os fantasmas
dos tempos muito antigos;
das areias moles e vermelhas!

Repetem negros d'água
e o saci pererê, atiçando a brasa do pito
enquanto chamam o vento
com assobio dessa nação de visagens.
Tudo p’ra vos assustar.
O vento chega ligeirinho martelando
as rochas, onde gravei vosso nome
com o cinzel dos tempos
no altar da eternidade
SSPóvoa
Enviado por SSPóvoa em 15/01/2009
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T1385943
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