Poeta a observar

Resolve o poeta sair pela madrugada

As ruas, exalam um cheiro de esquecimento

O concreto armado, principia um ato inacabado!

Enquanto percorre bêcos, botequins baratos

Observa o poeta, todos, todos á sua volta

Somente ele é capaz de devorar os pensamentos que lhes passam!

Comparável é o poeta a uma espécie de leitor de mentes

Sabe exatamente o que o outro sente

Isto procede, apenas da sensibilidade poética

Nada, nada, haver com métrica, estética!

Onde foi o poeta?

Hum, já , já retorna

Esta ele a analisar uma pobre alma!

Oh! quantas ausências, transpassam aos olhos

Daquela jovem, que acabou de chegar

Oh! quantas vezes vagou, vagou, e onde chegou?

Ali na mesa do bar, onde estava o rélis poeta

A observar, observar!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 04/01/2009
Código do texto: T1366378
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