Amo, apenas amo

Amo, mas não desejo aprisionar

Muito menos ao amor sentido

Um grilhão lhe impor!

Amo, mas que nossas almas

Estejam separadas

Por tempestivas marés!

Amo, mas não desejo

Beber do mesmo cálice teu!

Antes, porém, espero a este amor proceder

Com a alegria de junto a ti dançar

E partilhar a alegria

Mas saber ficar só

Com a certeza, que mesmo distantes

Vibramos na mesma harmonia

Dei meu coração á ti

Mas injusto seria confiá-lo a guarda sua

Pois unicamente, a morte, pode conter meu coração!

Quero viver junto á ti

Mas jamais, cederei lugar ao aconchego em demasia

Pois aconchegar-se demais, com o tempo, gera

Uma espécie de sombra

E nada, nada, cresce á sombra!

Amo, mas anseio pela serenidade

Pelo compasso sincronizado

Onde o amor, encontra guarida segura, leveza!

Jamais perder a clareza do princípio

Reinventar o cotidiano para sentir-te

Sempre, sempre, com a verdadeira essência de se amar

Percebendo, a sutil diferença entre amar ou impor!

Que, o amor partilhado, seja unicamente vivênciado

Em hipótese alguma silênciado, caso contrário amor não seria

Seria tão simplesmente suposta dor!

Apenas amo!

Amo apenas!

Inspirado no grande poeta Gibran Kahlil Gibran

Ao meu amor Júlio Damásio

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 04/01/2009
Reeditado em 08/01/2009
Código do texto: T1366364
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