Amo, apenas amo
Amo, mas não desejo aprisionar
Muito menos ao amor sentido
Um grilhão lhe impor!
Amo, mas que nossas almas
Estejam separadas
Por tempestivas marés!
Amo, mas não desejo
Beber do mesmo cálice teu!
Antes, porém, espero a este amor proceder
Com a alegria de junto a ti dançar
E partilhar a alegria
Mas saber ficar só
Com a certeza, que mesmo distantes
Vibramos na mesma harmonia
Dei meu coração á ti
Mas injusto seria confiá-lo a guarda sua
Pois unicamente, a morte, pode conter meu coração!
Quero viver junto á ti
Mas jamais, cederei lugar ao aconchego em demasia
Pois aconchegar-se demais, com o tempo, gera
Uma espécie de sombra
E nada, nada, cresce á sombra!
Amo, mas anseio pela serenidade
Pelo compasso sincronizado
Onde o amor, encontra guarida segura, leveza!
Jamais perder a clareza do princípio
Reinventar o cotidiano para sentir-te
Sempre, sempre, com a verdadeira essência de se amar
Percebendo, a sutil diferença entre amar ou impor!
Que, o amor partilhado, seja unicamente vivênciado
Em hipótese alguma silênciado, caso contrário amor não seria
Seria tão simplesmente suposta dor!
Apenas amo!
Amo apenas!
Inspirado no grande poeta Gibran Kahlil Gibran
Ao meu amor Júlio Damásio