Noite

Jorram as esperanças

De ainda sermos livres!

Por detrás de uma cortina fina

Pode-se vislumbrar as cores mágicas

Que juntam-se á noite

Bêbados caídos

Destituídos de seus chapéis coco!

Mulheres entorpecidas

Perdidas nas esquinas!

A sêcura do ar nos sufoca

Atira-nos á insanidade

Na noite tudo é válido

Nada se perde

Tudo nos persegue

E numa rua qualquer

O sereno repousa sua dôr

Em postes sem luz

No fundo todos somos insanos

Sedentos por prazer e gozo!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 02/01/2009
Código do texto: T1363217
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.