Noite
Jorram as esperanças
De ainda sermos livres!
Por detrás de uma cortina fina
Pode-se vislumbrar as cores mágicas
Que juntam-se á noite
Bêbados caídos
Destituídos de seus chapéis coco!
Mulheres entorpecidas
Perdidas nas esquinas!
A sêcura do ar nos sufoca
Atira-nos á insanidade
Na noite tudo é válido
Nada se perde
Tudo nos persegue
E numa rua qualquer
O sereno repousa sua dôr
Em postes sem luz
No fundo todos somos insanos
Sedentos por prazer e gozo!