Pequenez

Minha pequenez

Sórdida, abusiva

Visitou-me esta tarde!

Minha pequenez

Reles, vil

Esteve comigo

Colocou-me de castigo

Ah! Minha pequenez

Meus tumores vicerosos

Meus pesares tortuosos

Sinto uma náusea constante de mim mesmo

Ânsia de colocar para fora, tudo, tudo

Que me apavora!

Imúndicie sórdida!

Basta, basta de toda esta mediocridade, falsidade, precariedade

Humano sou

Podre, vermes pestilentos corroem minha carne!

Consumam

Consumam

Consumam

Devorem minha podre existência!

Penetrem nos becos escuros, obscuros

Dilacerem meu ser!

Profanem a alma incorreta deste pobre e mortal poeta!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 28/12/2008
Código do texto: T1356620
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