Pequenez
Minha pequenez
Sórdida, abusiva
Visitou-me esta tarde!
Minha pequenez
Reles, vil
Esteve comigo
Colocou-me de castigo
Ah! Minha pequenez
Meus tumores vicerosos
Meus pesares tortuosos
Sinto uma náusea constante de mim mesmo
Ânsia de colocar para fora, tudo, tudo
Que me apavora!
Imúndicie sórdida!
Basta, basta de toda esta mediocridade, falsidade, precariedade
Humano sou
Podre, vermes pestilentos corroem minha carne!
Consumam
Consumam
Consumam
Devorem minha podre existência!
Penetrem nos becos escuros, obscuros
Dilacerem meu ser!
Profanem a alma incorreta deste pobre e mortal poeta!