Além das realidades imaginadas
Meu coração mais infinito que o mais infinito dos infinitos
Tenta abarcar tudo, e tudo abarca,
Todavia suas Faces recônditas
Olham com desdém essa minha votante pueril,
E se contraem, cheias de confábulos,
Em um universo de universos
Totalmente alheio aos meus mais completos desejos...
Incomensurável aos cernes das imaginações imaginadas de imaginações...
Os anjos dialogam em línguas mortas e vivas,
Em línguas ainda por inventar
Dentro de parâmetros ainda distantes num além-futuro
Sobre esses Sonhos que parecem não ter
Lugar fixado nesse mundo, nessa vida, nessa nossa época...
Então, imerso, todavia saliente também,
Muitas partes de um ser só,
Parecem não se entenderem,
No entanto, os passos que dou,
Apesar de também desejar não andar,
São pegadas que se alocam sobre mim,
Pegadas que se eu pude um dia,
Mesmo malogrado,
Eu tentei evitar...
Não sei para onde vou,
Por que vou,
Por que estou indo,
De olhos fechados como se estivesse
A chegar a algum lugar,
Um lugar que de alguma forma eu sei
Que é onde vou me encontrar,
Assim então, tenho esperança,
Talvez não compreenda tudo,
Mas muito do que vivo agora
Possa enfim se explicar...
Meu coração abarca tudo,
Entretanto é ainda maravilhoso
O Quê para quem não existem palavras
Para falar...