Desvarios
Nos desvarios dos longos anos
Onde muitas vezes sondei a vida,
Onde muitas vezes deitei o pranto
Vi ser bordada feridas sem canto.
Na estrada seca da existência agreste
Fui cabra da peste a sorrir pra vida,
Fui dona das minhas ventas e retinas
Nunca soltei os arreios lá pro norte.
Bem pequena já entendi os riscados
Mesmo a sina me doendo os pinhaços.
De noite ou de dia antes do sol nascer
Já sentia o mormaço no meu alvorecer.