Navego

Navego pelas lembranças

Navego nos perdidos abraços

Sinto um cansaço tão absurdo, quanto todas

Todas dores do mundo!

Vontade de sair por aí

Vagar, vagar, até reencontrar o sentimento perdido

Mas por Deus!

Sentimentos perdidos, perdidos estão

Jamais voltarão!

Vontade louca de romper as mordaças

As luzes da cidade ao longe desafiam a imaginação

Quantas alegrias, quantos pesares

Mas neste exato momento egoísta é o poeta

O mundo é feliz, apenas ele sofre

Não percebe o cotidiano a se desdobrar continuamente

Dia após dia

Ah! Quanto lhe custa este existir!

Cansou o poeta de sentir, gostaria apenas deixar de ser!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 20/12/2008
Reeditado em 22/12/2008
Código do texto: T1345248
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