Navego
Navego pelas lembranças
Navego nos perdidos abraços
Sinto um cansaço tão absurdo, quanto todas
Todas dores do mundo!
Vontade de sair por aí
Vagar, vagar, até reencontrar o sentimento perdido
Mas por Deus!
Sentimentos perdidos, perdidos estão
Jamais voltarão!
Vontade louca de romper as mordaças
As luzes da cidade ao longe desafiam a imaginação
Quantas alegrias, quantos pesares
Mas neste exato momento egoísta é o poeta
O mundo é feliz, apenas ele sofre
Não percebe o cotidiano a se desdobrar continuamente
Dia após dia
Ah! Quanto lhe custa este existir!
Cansou o poeta de sentir, gostaria apenas deixar de ser!