Exaurido

O poeta exaurido!

O poeta deveras aturdido!

Pensa ser o que não é

Deseja possuir o que não pode

Eta vidinha besta! Esta de poeta

Caminha pelos becos

Observa, contempla

E com este olhar de poeta perdido

Segue uma existência sem sentido

Perde-se em sonhos alheios

Mas incapaz é de arrancar seus arreios

Eta vidinha besta! Esta de poeta

Fácil, muito mais seria

Viver sempre com a névoa

Névoa nos olhos!

Aquela que impede muitos de ter olhos de poeta!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 17/12/2008
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