Exaurido
O poeta exaurido!
O poeta deveras aturdido!
Pensa ser o que não é
Deseja possuir o que não pode
Eta vidinha besta! Esta de poeta
Caminha pelos becos
Observa, contempla
E com este olhar de poeta perdido
Segue uma existência sem sentido
Perde-se em sonhos alheios
Mas incapaz é de arrancar seus arreios
Eta vidinha besta! Esta de poeta
Fácil, muito mais seria
Viver sempre com a névoa
Névoa nos olhos!
Aquela que impede muitos de ter olhos de poeta!