Bebun

 

Vou costurando os dias turvos, pardos.

Eles se aninham em meu ser confuso.

Onde me encontro fico me juntando

Sou pedaços soltos num sono profundo.

 

Procuro não me acho nesse fim de mundo,

Difícil chegar nesses becos escuros, fundos. 

Quando no inconsciente chego me assusto,

A leitura que faço é de um bebun

Que não larga a garrafa por nada do mundo. 

 

É verdade mesmo, o corpo denuncia

Vivo dá orgia sou um belo vagabundo

Tenho bebido todas e quase todo dia.

 

Já recebi diploma de maior bêbado do mundo

Há quem censure, eu também faria

Difícil é discordar que vivo regado.