Filosofando
Quando o vento soprar
Um pouco mais forte,
Concede-lhe a flexibilidade necessária
No pano,
Recolhe as velas
E vê para onde te leva o mar
Em sua agitação,
E em cada passar de onda,
Vais pôr um teu desejo,
Tão concreto como o sal
Que te arde nos olhos,
E que em lágrima caindo
É já
A aceitação de um outro mar.
Enfuna as velas,
Dá-las à brisa,
Que no horizonte
Irás buscar
Aquilo pelo qual disseste
Ser tu,
Quando do mar foi
Tempestade o que tu temeste,
Aonde agora vês
Que,
Afinal,
Tudo isso era só água,
Sendo que tu
Não te comprometeste.
Jorge humberto
(19:20/maio/28/03)