Filosofando

Quando o vento soprar

Um pouco mais forte,

Concede-lhe a flexibilidade necessária

No pano,

Recolhe as velas

E vê para onde te leva o mar

Em sua agitação,

E em cada passar de onda,

Vais pôr um teu desejo,

Tão concreto como o sal

Que te arde nos olhos,

E que em lágrima caindo

É já

A aceitação de um outro mar.

Enfuna as velas,

Dá-las à brisa,

Que no horizonte

Irás buscar

Aquilo pelo qual disseste

Ser tu,

Quando do mar foi

Tempestade o que tu temeste,

Aonde agora vês

Que,

Afinal,

Tudo isso era só água,

Sendo que tu

Não te comprometeste.

Jorge humberto

(19:20/maio/28/03)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 30/03/2006
Código do texto: T130916