murmurantes
Sou uma criança boba, com a roupa molhada em lagrimas.
Sou um papel em branco definhando o alfabeto
A árvore das folhas secas que somente brotam flores na primavera
Sou a corredeira da água por debaixo dos pés
Um degrau além da imensidão do cansaço
A fonte de um velho sedento de sede
Uma vela que se apaga na rua
Um turbilhão de imagens distorcidas
Um remédio que cura a dor do doente em vista
A busca do bêbado pelo equilíbrio do sol
O cigarro na sola do sapato mais fino
Um desconcerto verbal fora de hora
Ter o dom nessa outrora que traz do teu ventre
O nome libertino da vaidade e do oculto ser pensante
Quem mais nasce por vicio nem se faz de sensível
Quando o mais alto clã da planície o ressoar do teu ouvido
Porém tão cândida e tratante escoria a marquise do vento
Quando a imagem desfazia a noção do teu mais precioso dígrafo
E foram as margens do rio, a noticia de um pobre assustado.
Quando de muitas vistas a paisagem se foi, ele era a falta de assunto.
Um meio neto que o avô não tinha se torna a metade da vida
É o que mata o ciclo por não ter o destino em mãos
Se mais poesias fossem feitas às cartas teriam o domínio da idade
E por natural ser o dobrão da nobreza quem muito se vende da pedra alta se atira
Como se aquele que rugisse o imaginário corta-se os pulsos da felicidade
Quem de olhar for sentir, e quem por sentir for olhado, não faísque a noite com pó.
Teu nome será dado pela nuvem da manhã, e quando decidires ter as vírgulas.
Retome meu ponto de vista como a maior das causas.
Eu entrarei na tua morada, viajarei em teu corpo.
E descobrirei que não sabes ler os pensamentos de alguém
Tão certa da incapacidade da vida do que os lamentos do teu espírito sagrado
É o tempo de reabrir a tua margem é o tempo de descobrir a tua própria leitura
Eu sou apenas as lagrimas da roupa da criança boba, eu sou a tristeza muito relutante.
“Qualquer arte que imite a vida... vale a pena ser feita”.