murmurantes

Sou uma criança boba, com a roupa molhada em lagrimas.

Sou um papel em branco definhando o alfabeto

A árvore das folhas secas que somente brotam flores na primavera

Sou a corredeira da água por debaixo dos pés

Um degrau além da imensidão do cansaço

A fonte de um velho sedento de sede

Uma vela que se apaga na rua

Um turbilhão de imagens distorcidas

Um remédio que cura a dor do doente em vista

A busca do bêbado pelo equilíbrio do sol

O cigarro na sola do sapato mais fino

Um desconcerto verbal fora de hora

Ter o dom nessa outrora que traz do teu ventre

O nome libertino da vaidade e do oculto ser pensante

Quem mais nasce por vicio nem se faz de sensível

Quando o mais alto clã da planície o ressoar do teu ouvido

Porém tão cândida e tratante escoria a marquise do vento

Quando a imagem desfazia a noção do teu mais precioso dígrafo

E foram as margens do rio, a noticia de um pobre assustado.

Quando de muitas vistas a paisagem se foi, ele era a falta de assunto.

Um meio neto que o avô não tinha se torna a metade da vida

É o que mata o ciclo por não ter o destino em mãos

Se mais poesias fossem feitas às cartas teriam o domínio da idade

E por natural ser o dobrão da nobreza quem muito se vende da pedra alta se atira

Como se aquele que rugisse o imaginário corta-se os pulsos da felicidade

Quem de olhar for sentir, e quem por sentir for olhado, não faísque a noite com pó.

Teu nome será dado pela nuvem da manhã, e quando decidires ter as vírgulas.

Retome meu ponto de vista como a maior das causas.

Eu entrarei na tua morada, viajarei em teu corpo.

E descobrirei que não sabes ler os pensamentos de alguém

Tão certa da incapacidade da vida do que os lamentos do teu espírito sagrado

É o tempo de reabrir a tua margem é o tempo de descobrir a tua própria leitura

Eu sou apenas as lagrimas da roupa da criança boba, eu sou a tristeza muito relutante.

“Qualquer arte que imite a vida... vale a pena ser feita”.

b_jsg
Enviado por b_jsg em 27/11/2008
Código do texto: T1305502
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