Minha estação

Nada me leva além da estação, seus olhos brilhando na noite fria de solidão.

E tudo que quero é sentir o tremor das suas mãos quando você me segue

Então seria um desconforme vital,porque eu tento a verdade sobre seus olhos e esqueço que há medo do que você não disse, mas fez sentir.

Eu habito teu medo e te acompanho por dentro

porque sou tudo que você desfaz,na metade da sua compaixão.

Quem sabes ainda soubesses,o quanto não é mais tua essa idéia,de virar página que o vento do moinho levou.

Apenas um dos seus atos,será a viagem dos meus sonhos

Não quero te pertubar com efêmeras palavras

Nem corromper tua alma com dígitos emocionais

Mas quero ser o que você pensa em duvida do que sabe

Não quero me confundir no teu imperfeito

Nem te alimentar do ufano

Quero corromper teus amores

E sitiar de medo a tua sensibilidade

Você me prova a dor de um insulto impensado

Mas ponho-me à prova do doce desejo que fascina a tua animosidade

Eu te guardo por vicio e te expurgo por mal da sagacidade

Mas nada guarda o que te faz querer e o que te faz despojar

É um emblema tua santa visão

Porque é como monástico incluso e severo

Que te acompanha por melancolia que desatina,tal falta do teu manejo

E satisfaz teu gosto só por servir de acaso o teu semeio

Mas nada que sangra flui como fel

E nada que feri marca um sinal da pureza

Eu te alimento como prova da fome arcaica

No entanto a visita do teu santo espírito me corre as veias

O que me foge agora me visita por dor

O que te glorifica me mata por tédio

Eu não te amo por caos e nem por medo

Mas te ofereço o dom do teu ser,e a dor da minha estação

b_jsg
Enviado por b_jsg em 27/11/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T1305491
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