Porque escrevo

Escrevo para não definhar

Letras que são o meu apogeu

E se canto canções de ninar

Embalo-as nos braços de morfheu

Esqueço-me de quem sou

Não recordo nem o meu nome

E quanto mais longe eu estou

Maior é a minha fome

Hoje sou isto, amanhã não sei

Quantos de mim são este que escreve

Quantos são os que calei

Quando comigo está a minha verve

Canta poeta vem ao meu encontro

Sê tudo que sofre e não cala

E quanto mais eu estiver pronto

Maior será então a minha fala

Só assim serei o mendigo

Quando estiver a sós contigo

Jorge Humberto

27/03/06

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/03/2006
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