ASAS BANDIDAS
Ah, anjo, ah, anjo
Maldito sejas tu
que observa mes atos
de um ângulo fortuito.
Dar-te-ei melhor:
Anjo, vem viver comigo!
Vem ser bendito!
Vem cantar o hino
das desgraças humanas
da manhã à noite
entre os os homens!
Ser anjo assim prostrado
Ao longe, observando
e sem ser observado
quem não quer?
Sai do torpor!
Vem ser mulher
aqui comigo, anjo!
Vem tocar a harpa
da vida humana
e ser o instrumento
meu instrumento,
que eu te tocarei...
E só depois de tocado...
E só depois de cantado...
Anjo, anjo, anjo
... Talvez anjo meu...
Retornarás ou não
ao teu paraíso
incolor.