Extradimensional extratemporal

Não nos desesperemos

As coisas tendem a ser como esperamos que sejam

Assim, mantemos a calma...

Eu sei dos seus pensamentos

Por que tanta falta de cor,

O mundo não é cinza

E por mais forte que seja a dor

Ela tende a diminuir

A acabar...

Vamos caminhar um pouco

La fora a vida pulula

E há harmonia em tudo,

Veja o céu, ele é sempre bonito,

Faça sol ou faça chuva,

De noite ou de dia,

Preciso ou indeciso,

O céu é sempre bonito...

Eu sei que as lembranças não vão embora,

Elas estão sempre aí guardadas.

Mas por que esquecer?

Se somos também o que lembramos,

Se lembramos não apenas o que já vivemos,

Mas também o que sonhamos,

E sonhamos em todos os sentidos do tempo,

Para o passado e para o futuro,

E ainda mais para um sentido sem nome,

Esse que não está circunscrito no tempo,

Mas que não morre nunca

E vive para sempre?

Por que esquecer

Dos amores que tivemos,

Das coisas todas que vivemos

Se isso é o que nos faz sermos nós?

Olha demos as mãos

Demos as mãos e andemos um pouco,

Sim,

Andemos um pouco sem limitar o nosso pensamento,

Andemos um pouco mais abertos

Com os sentidos limpos

E a mente livre

E então talvez nos lembremos

De uma época que não é esta,

Por que já vivemos,

Porque vivemos sempre

Depois que começamos a viver,

E talvez não atinemos com o propósito

De termos nos encontrado

Mas quem sabe captaremos

Dos recônditos da nossa memória extracorpórea

E quem sabe assim

Nesse andar simples

Possamos sentir

Não a temperatura, nem o hálito um do outro

Mas que estamos juntos agora

E talvez sejamos capazes de dar

A importância merecida para esse fato...

Não nos contaminemos com desejos menores

Temos que ir com cuidado

Os dentes de nossas engrenagens

Apresentam a todo momento

Uma nova configuração

Quem sabe andando sob olhar das casas simples

De nossa terra

Num momento mágico

Nos entendemos

As engrenagens em fim se arranjem

Sob nosso silêncio

Sob a noite morna de nossa terra

Quem sabe o que nos reserva o caminho que vamos trilhando?

Vamos,

Talvez possamos viver

Num tempo Extradimensional

Talvez possamos viver

Um amor Extratemporal...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 27/10/2008
Reeditado em 27/10/2008
Código do texto: T1249934
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.