CAMINHO ERRANTE

A vida permeia a face da terra,

A luz norteia a vida que cresce,

A chuva rega espécime de vida;

O homem do simples se despe,

Sobram viventes, pedras e flores,

Entrelaçam em linhas de amores;

Ele nasce, perde vigor e fenece.

Aos ficantes da vida entristece,

Pelo feixe de luz que se esvai;

No manto esvoaçante da vida,

É um pontinho opaco que cai;

Assim o manto negro da noite;

Engole sobejos, vidas em açoite,

De quem viveu, foi filho e pai.

Se foi ou não foi, é certo que vai.

A vida é promessa que logo falha,

Não queira o homem enganar-se,

Que lado é o fio de uma navalha,

As trilhas nem sempre são retas,

Faustos salões renegam penetras,

Homem soberbo pós-vida é palha.

A quem pensa sempre em medalha,

Como peso e medida pelo que fez,

Recompensas, não pagam bondades,

Na fila por certo, esperam sua vez,

O ultimo nem sempre será o primeiro,

Ser muito rico sem possuir dinheiro,

É O homem que age com sensatez.

Rio, 27 de setembro de 2008

Feitosa dos santos