MÁGOA DA ROSA

Minha porta fechada confunde a quem chega;

desanima os olhares a minha fachada,

sou ruína que assombra em silêncios uivantes;

as paixões são passantes, nenhuma se firma...

Trago tanto suspense nas linhas da face,

tenho dura expressão que o sorriso não vence,

quando vem na surpresa do dia de sol;

minha lágrima é rara, fica na represa...

Na verdade sou farsa de gelo e de força,

dentro deste saara se oculta uma praça

de riacho e gramado esperando romance...

Uma espera medrosa e fechada na sombra;

tem a mágoa do espinho que restou da rosa;

quem me quer saberá descobrir o caminho...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 14/10/2008
Código do texto: T1227829
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