O poeta se recolheu...

Sim, o poeta se recolheu,

Apenas para melhor refletir

Sobre as nuvens escuras de sua vida.

E por tudo que não pode existir.

Nesse momento, em devaneios, o poeta se recolhe.

E, tenta encontrar inspiração

Nas dores da sua alma,

E nas feridas do seu coração.

Uma lágrima, ele deixa surgir,

Nesse momento de reflexão.

Um olhar singelo e distante,

E um desejo que transborda emoção...

Ah...Nesse momento o poeta se cala.

E agora em sua garganta uma lágrima está presa,

Mas em seu coração,

Uma chama se mantém acesa.

O brilho dessa chama se intensifica

A cada instante, a cada pulsar.

O poeta inspira amor.

O mesmo amor que expira ao recordar.

E, recordando momentos de intensa alegria,

Que hoje já não podem existir.

O poeta se entrega à poesia,

Que é o seu único elixir...

Por fim, começa a escrever.

Escreve versos ditados por seu coração.

O poeta resume-se em sofrer,

E, também na mais doce emoção...

Sonha, e fica saudoso.

E, viajando nas plagas do inconsciente,

Ele encontra uma solução...

Termina sua poesia numa ardorosa sofreguidão...

Pois em seu recolhimento,

Que só transfigurava a dor de todo o seu tormento,

Adquire forças a cada novo momento.

Em cada verso escrito.

O poeta não deixa de sonhar,

E, nesse instante tudo fica bonito...

E, de seu recolhimento ele sai,

Pois já pôde se encontrar.

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 09/10/2008
Reeditado em 15/12/2008
Código do texto: T1218757
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