AUTO-PERFIL
quem sou eu:
COMUNIDADE AMIGOS DE GUSTAVO DRUMMOND:
http://www.orkut.com/community.aspx?cmm=28249362
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A Poesia é o Poeta. A Música é o músico. A Pintura é o pintor.
Vivem os estetas dogmatizando: poesia é isto, poesia é aquilo, quando na verdade poesia não é isto nem é aquilo. A Poesia não existe, o que existe é o Poeta. - Dante Milano
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MEU PRIMEIRO LIVRO:"A FLOR DA PELE"
Informações: gutodrummond@gmail.com
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MINHAS POESIAS/RELAÇÃO DE TODAS/SÓ CLICAR NO NOME DA POESIA:
http://www.planetaliteratura.com/index.php?view=artigos&colunista=834
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'Eu amo' e 'Eu sinto amor' não quer dizer o mesmo. O presente de amar não deveria ser amo e, sim "eu amoro", etc. Amo é o presente do verbo Amor. A plenitude só se dá quando amor e amar coincidem. Amar é calor. Amor é o sol.
Amar é continente. Amor é conteúdo.
Amar é buscar. Amor é saber.
Amar é liberdade. Amor é sabedoria.
Para se amar, não é necessário o amor. E, sem o amor, o amar passa. Quando existe amor, o amar é melhor. E pode durar. Amar por amor eis a perfeição.
Amar é posse. Amor é doação. Amar foge. Amor reúne. Amar é delícia instintiva. Amor é milagre existencial. Amar tolda. Amor revela. Amar é alegria. Amor é felicidade.
O amor sente. O amor sabe.
O amar está. O amor é.
(Artur da Távola)
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A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço da lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
_Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
(Carlos Drummond de Andrade em Contos Plausíveis
E DAÍ................
Que a pedra seque,
O deserto inunde,
O Everest murche,
Volte o cheque,
A criança se imunde,
A ciranda pare,
Coração vôe
Alma fale
Falte metal e aço,
Espinhos firam
Adagas furem,
Beijos fujam,
Eu fique azul.
Que se dane,
Se exploda,
Se derreta,
A casa caia,
A mesa vire,
Não fujo da raia,
Nada há que atrapalhe,
Petálas, sinos, bronze,
O jantar das onze!...
[gustavo drummond]
O pensamento é o fragmento fugaz
do caos estruturado
a palavra é o estágio
imediatamente after da sensação
que faz parte do estágio necessário
do aperfeiçoamento humano
de sentir a melhor maneira
de relacionamento franco
a palavra é um domingo de sol
no estádio municipal do pacaembu
se ela pinta tudo mais se cria
não mais que num instante
existindo no mesmo movimento
que a crassa ignorância
em que se fica só naquela
ânsia de comer melância
de comer melância na santa ignorância
de comer melância com muita exuberância
de comer melância com maria constância
de comer melância
de comer.
[Poeta CHACAL]
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QUEM SOU EU
A fome no Saara, inclemente
A luz no fim do túnel, breu
A boca, lábios, beijos, dentes
Pensamentos iguais,adversos ,meus.
Sou procela no meio da noite
A lua do meio-dia,
O dobro da metade.
A estrela mais luzídia
do oceano.
Pecado, castidade.
Sou dia, antes, quando.
Coerente, insano
Sou a fome na Etiópia
Carência insistente
Balsámo que cura
Unguênto que sara.
Curare, serpente.
Amor que dura
Menta da bala
Mente profana
Cortes de gilete.
Sul do oeste.
Vida cigana.
Insanidade insana.
Sou teste,
teorema,
texto.
tele-tema...
Gustavo Drummond