ADEUS AOS ADEUSES

Desocupo meu mundo e me dou por feliz,

porque sinto esta paz que nem sei se de fato,

mas permite o repouso que sempre pedi;

sempre quis desde o caos dos amores contínuos...

É tristeza indolor, sobre a qual me acomodo;

que adormece a tensão deste sonho já gasto,

faz a cama num pasto com relva macia

de viçosa esperança num dia melhor...

Dormirei como alguém que supera o viver,

cumpre todo seu tempo arquivando a missão

num armário embutido em verdades tombadas...

Dou adeus aos adeuses, vindas e partidas,

ao desfile de vidas em minha emoção

que se rende ao cansaço e só quer esquecer...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 07/10/2008
Código do texto: T1215896
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