ÁGUAS

Quem dera este azul

oceânico

fora meus olhos,

e que, buscando marítimos horizontes,

de vagas e de espumas crinalvas,

lá repousassem,

em ilha encontrada,

a eterna sabedoria.

Que ao homem a pertença

fosse já reconhecida.

E de rosto ao mar,

o que aos olhos é dado guardar,

soubesse ele,

em último gesto,

nas águas deixar

derradeiro latejar.

Jorge Humberto

(22:24/Maio/29/03)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 06/03/2006
Código do texto: T119412