SERVIDÃO

Se puder não voltar, seja bem-ida;

minha vida já pede a liberdade;

vá em paz e me deixe nesta guerra

pelo mundo que deixa de ser meu...

É que odeio lhe amar com tal excesso,

odiar qualquer coisa que não sua,

odeá-la com todos os meus odes

de manhãs e de luas; mar e sol...

Fico aqui remoendo esta saudade

que se apressa e vem antes desse adeus

desenhado na folha do seu rosto...

Mas preciso que vá, seja bem-findo

este sonho de amor que por ser tanto

é meu canto de mágoa e servidão...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 23/09/2008
Código do texto: T1193067
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