O HOMEM ERRANTE
Um dia, uma noite e um sonho,
No pícaro do mais alto monte,
Vislumbrando todas as belezas,
Mares, serras, rios e horizonte.
Savanas e selvas, agonizante,
Os homens que as devastam,
Sorriem... Há quem os lastime,
Nessa estrada, o homem errante.
Para lá vai o animal humano,
Lá vem o homem coração brando.
Em sermos seu semelhante,
Oh! Deus perdoa a raça humana,
Quando amado, desamor ele sente,
Ao amar, por si só desmente,
Ficando a sós, não se diz carente,
Oh! Humano sem pudor e raça,
Mil vezes a felicidade passa,
Devastar não se acha graça...
Oh! Deus nosso, perdoa essa gente.
Não percam o amor e o tino,
Homem não humilde em desatino.
Que a voz da natureza não recaia,
Por sobre nossas cabeças.
Ouviram! É o som final do sino...
Rio, 14 de setembro de 2008.
Feitosa dos Santos