LEGADO ANCESTRAL
Se me sou, a quem me suponho,
não sou nem me suponho,
apenas existo perpendicularmente.
Como um quadro antigo, pregado
na parede, sou fímbria ou analogia, de
meu próprio esquecimento.
Nada fiz para ser, ser em mim.
Tudo o que sou, provém de alguém,
que não eu, estritamente subornável.
Ainda assim resisto, ao legado ancestral.
Primitivo ser, em busca de uma sobrevivência,
mais adequada à sua inteligência.
Jorge Humberto
19/08/08