O CÉU DE CAYMMI

Ele sempre foi doce nas graças de amar;

morreria no mar, como sempre achou doce;

na bacia infinita espelhando esse abismo

de preguiça e de azul sobre sua Bahia...

Deu adeus como as ondas se perdem dos olhos

quando voltam pros braços daquele horizonte

que morou entre as linhas da sua expressão;

mora em cada canção que seu adeus nos deixa...

A rainha do mar foi buscá-lo em seu canto,

atraída por cantos que sempre a cobriram

de colares de luas e roupões de sonhos...

Dorival foi prás águas que foram seu céu,

pois su´alma teceu essa rede no fundo

do que o mundo nem ousa sonhar descrever...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 19/08/2008
Reeditado em 19/08/2008
Código do texto: T1135626
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