LE PASSANT

O poeta que hoje vos fala

É um poeta com indícios de nova vida

Poeta falho e sonhador

Poeta do esquecimento e da amizade

Quando me deparei com o grande laço da humanidade

Pensei que podia conquistar o mundo

Conquistar quem me fazia melhor

Ingrato laço, ingrata humanidade

Laço de união sofisticado: será verdade?

Viver e conviver e esperar o tempo da iluminação

Iluminação verdadeira, com suas ondas de amortecimento

Luzes, luzes e sempre um pouco de trevas para nos guiar!

Humanidade engraçada e tola

Com seus toques materialistas e naturalistas

De uma arte centrada a emoções verdadeiras

De uma poesia limpa e densa:

A arte e a amizade no lúgubre espaço dos sonhos

Há de mover cada réquiem até os ouvidos diáfanos

De poetas que acreditam que as palavras nos salvam

E que nos libertaram de cada dor, sim, de cada vicio

Posso ser parcialmente preso e parcialmente vil

Mas em cada apático sonho febril

Nasce do pouco coração poetizado

Uma luz de palavras simples e simples

Nem importa mais o fardo do coração mundano

Do ser e pensar humano e errante

Mas o que realmente importa hoje

É que o poeta pulsa grandes emoções; pulsa com a vida passante

E não se importa mais em ser vil ou santo

Nem com as amizades de verdade/mentira

E sim em gritar, em palavras, o fardo de ser o que é

Um poeta passante!

-Iury Sousa e Silva-

29-06-2008

iuRy
Enviado por iuRy em 17/08/2008
Código do texto: T1131855
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