A superfície

Por querer a vida noutros braços

Assim mal vivida

Para muito senti-la

Num pedaço de caminho

Que não te alcança

E te compõe.

Tua tradução no pranto

Sem saber que a dor existe

E as palavras que tens

É a falta de provas

Do que te consolas.

Tua aflição anônima

Teus sonhos dissolvidos

Para a madrugada

Mal te inscreve a noite

Já amanheces em dom.

Para além de teus segredos

Que desconheces

Noutros braços podes tê-los

E o espelho da tua face

Roubado para não mais perdê-lo.

(Geovane, 02 de julho de 2008)

G Monteiro
Enviado por G Monteiro em 15/08/2008
Código do texto: T1130000