A superfície
Por querer a vida noutros braços
Assim mal vivida
Para muito senti-la
Num pedaço de caminho
Que não te alcança
E te compõe.
Tua tradução no pranto
Sem saber que a dor existe
E as palavras que tens
É a falta de provas
Do que te consolas.
Tua aflição anônima
Teus sonhos dissolvidos
Para a madrugada
Mal te inscreve a noite
Já amanheces em dom.
Para além de teus segredos
Que desconheces
Noutros braços podes tê-los
E o espelho da tua face
Roubado para não mais perdê-lo.
(Geovane, 02 de julho de 2008)