Escrevo sem quando. Este outro mistério da vida é que nos une porque criamos do pó e da costela sem nenhum invólucro que não seja uma vontade apenas.Apenas porque em si termina e não acaba nunca mais. Criamos o mundo para sermos criados para nunca sabermos nos criar.
Escrevo porque estou. E porque estou sou aos poucos até estar mais e mais....
Poesia não tem preço. é cara demais. Possuí-la não consigo.Logo, invento-a à minha maneira de preço.
E o mais que segue é a tradução do sujeito comum sem reticências, sem nuanças. O cidadão que sobrevive na mesma confissão e no mesmo jogo a que chamamos dia-a-dia. O cidadão comum que respira o ar escamoteado da coletividade.