A união de todas as dores

Às vezes vejo,

na verdade sinto algumas pessoas,

seres a caminhar do meu lado...

Mas elas desistem logo...

Trocamos pensamentos, no entanto,

a resistência que tenho,

uma característica nata,

faz-me seguir, e sigo sempre sozinho...

Não procuro nada, eu vejo escuto e sinto tudo,

ninguém pode massacrar o meu coração,

não se pode fazer doer mais

o que já dói continuamente no mais alto grau da dor,

da união de todas as dores do mundo,

dos extramundos, dos metamundos...

Às vezes eu sinto vontade de falar com você,

mas eu sei que é uma vontade apenas,

e, apesar de ela fazer minha alma tremer,

a pego e a coloco no escuro do meu céu,

e ela fica lá queimando

feito uma estrela para onde gosto de olhar...

E assim são com muitas coisas,

cada coisa que sinto, alegria ou tristeza,

Está tudo guardado.

Estou pintando um quadro,

e sabe o que não posso te dizer?

é como ele é...

Você teria que ter o meu olhar...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 08/08/2008
Reeditado em 13/02/2013
Código do texto: T1119716
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